segunda-feira, maio 18, 2009

NÓS, NOSSO, VOSSO, TUDO (2)

“A mim ensinou-me tudo
Ensinou-me a olhar para as cousas (...)”

Fernando Pessoa / Alberto Caeiro)

É. Começou a peneiragem.
Finda a primeira semana de trabalho, as ausências começaram a dizer de quem vai ficar fora desse processo. E a questão não são os compromissos que levaram a faltar, mas a falta em si. Se alguém ainda não se tocou que o negócio aqui é trabalho e trabalho árduo, pode enfiar sua viola no saco e vazar mesmo. Outra: escolhas. Vamos ter que fazê-las nossa vida inteira e doloroso e ruim é não fazê-las e se entristecer e prejudicar o trabalho alheio. Então as duas coisas se juntam, porque se eu tenho isso e aquilo e mesmo que eventualmente eu precise me ausentar, há de se convir que eu não estou inteiro nem aqui nem lá e que escolhas deverão ser feitas para o pleno exercício de um, OU de outro. E o que me for mais necessário, interessante, construtivo, etc, por ora, que receba o meu aval. Isso é honestidade consigo em primeiro lugar e com ou outros, além de uma civilizada demonstração de responsabilidade e respeito.
Claro que este trabalho tem particularidades e podemos flexibilizar em tanto quanto se trata de educação, mas isso tem um limite tolerável.
Não cobramos inscrição nem mensalidade porque há um investimento pessoal na compra de apostilas, livros, ingressos de teatro e até lanche, mas essa gratuidade não significa liberalidade, muito menos desqualificação. Os profissionais que nos orientam são de longa data e larga experiência e nossas atividades são pesquisadas e planejadas. Dispomo-nos, porque exigiremos disponibilidade. Oferecemos qualidade, porque não vamos nos contentar com pouco. E o fruto dessa disciplina, organização e exigência virá a seu tempo, num trabalho limpo, belo, agradável e que ofereça a nós e ao público o deleite de um espetáculo de teatro com “T” maiúsculo.

HUDSON ANDRADE
18 de maio de 2009 AD
15h32

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