Hoje é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Venhamos e convenhamos, como combater algo tão enraizado na cultura das gentes, tão economicamente rentável e cuja dependência química nem é vista como vício? Das chamadas drogas lícitas é a mais combatida sem nunca ser realmente combalida. Filmes como O Informante (The Insider, Michael Mann, EUA, 1999)demonstram o poderio da indústria do tabaco que não se altera com os pequenos reveses que recebe.
Não é preciso repetir toda a bomba química que o cigarro é nem os malefícios que ele provoca. Todo mundo sabe disso! O que precisa ser discutido numa data dessas são os direitos dos não-fumantes.
Logo eu, contrário a toda forma de intolerância, vou cometer e incentivar uma: toda sanção contra os fumantes é pouca!
Todo tabagista tem um discurso pronto de liberdade e direitos, um sentimento discriminatório por permanecerem “enjaulados” em salinhas de aeroporto, “escorraçados” de lojas e restaurantes (os sérios, claro!) e ainda ter que andar em círculos nas ruas para que a fumaça não se concentre e incomode outrem. Ainda assim as partículas dispersas no ar permanecem no ambiente e o que já é danoso passando pelo filtro do cigarro se torna avassalador para os ditos fumantes passivos.
Pergunto: E o meu direito de não ter minhas roupas e cabelos empestados de fumaça, minha comida e bebida amargados, minha rinite potencializada e meus olhos avermelhados? A única pessoa que o fumante respeita é outro fumante, de vez que um ser humano diverso é sumariamente desconsiderado, esteja ele intra-uterinamente, seja um sexagenário.
Fumar é uma dessas muletas que nós, pessoas, usamos para camuflar nossas dores e dificuldades, tanto quanto o álcool, a comida, fofoca, sexo. Como tudo que vira um vício, lesivo, não importa quanto prazer (sempre momentâneo) ele produza.
No Dia Nacional de Combate ao Fumo o que fica tácito é a falta é educação e respeito, o individualismo de quem quer gozar a despeito da intranqüilidade alheia.
Nessa data eu só peço uma coisa aos fumantes: Vão fumar com o sete peles que é imortal!!!
Hudson Andrade
29 de agosto de 2008.
12h41
Um comentário:
Eu apóio incondicionalmente suas palavras!
Deveria ser terminantemente proibido o uso em qualquer local público (inclusive em ruas e calçadas).
Viva a vida e o respeito aos que não fumam!
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